Amanhã, já teria
esquecido tudo.
sábado, janeiro 31, 2015
Amor: Amor
Não era nada não. O
sujeito é que era meio assim. Desprovido? Foi por isso que ela ficou daquele
jeito. Encostou a cabeça assim no sofá e foi sumindo. Não tava mesmo pensando
em nada. A textura macia do sofá. Não queria mais inventar histórias, nem
brigar, ter filhos, namorar. A vida, meu Deus!, bem que podia ter sido sempre
só isso. O gostoso da cabeça encostada no sofá e a certeza de que tudo era
alheio, perdido. Essa paz precária. Só tinha mesmo vontade era de que até o
suave do sofá fosse sumindo. O sujeito balangando na rede e olhando pra ela.
Ela sumindo, sumindo. O sujeito sumindo, sumindo. O sofá, a rede, as brigas que
um dia viriam, os meninos falando alto, as histórias sobre coisa nenhuma, os
namorados, as namoradas, os bichos grudados na parede, o medo, os risos. Que
tudo fosse sumindo, sumindo. Até não... Ah! Deixa pra lá. Claro que não era
nada não. Bobagem.
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2 comentários:
Que beleza você...sempre sempre essa lindeza toda! As palavras adormecidas em mim querem acordar...
https://www.lasertosky.com/
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